Foto: Divulgação/Alepe Há dois meses, o deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC) solicitou à procuradoria-geral da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um parecer sobre a constitucionalidade da reeleição, pela quarta vez, do deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT), atual presidente da Casa Joaquim.
Hoje, quinta-feira (29), faltam exatos três dias para os 49 parlamentares tomarem posse e escolherem os novos dirigentes.
O documento oficial ainda não foi divulgado, ao menos não para o público.
Nos bastidores, há relatos de que o clima está tenso.
O parecer já saiu das mãos do procurador-geral Ismar Teixeira, passou pela mesa de Guilherme Uchoa e depois foi encaminhado para o deputado Eriberto Medeiros, o mesmo que deu entrada no requerimento.
Nessa quarta (29), o Blog tentou entrar em contato com o parlamentar, mas a assessoria informou que ele estava de recesso, em uma fazenda no interior, mesmo com o clima de acirramento que está se desenrolando na Alepe.
Alguns deputados, entre eles Rodrigo Novaes (PSD), que lançou candidatura para disputa a presidência da Casa, chegou a soltar uma nota em que se mostra indignado com a falta de transparência e agilidade na divulgação do documento.
O parlamentar enviou nesta sexta-feira (29) novos ofícios à procuradoria solicitando a divulgação do documento.
Nesta sexta (30), ele irá à Alepe pedir pessoalmente à presidência a divulgação do parecer.
Em reserva, alguns deputados contaram que, durante almoço na quarta, teria havido um desentendimento entre os procuradores da Casa Joaquim Nabuco, pois nem todos concordavam com o conteúdo do parecer.
No último fim de semana, o Blog antecipou que o texto do documento era favorável a Uchoa.
O principal argumento da procuradoria deve sustentar que está havendo uma interpretação equivocada da Constituição, para cassar o direito do parlamentar.
O advogado escreve que, diante da omissão na leitura correta do ordenamento jurídico, chega-se a conclusões equivocadas. “Não há proibição.
Não há vedação legal para que qualquer deputado possa concorrer e se eleger.
E a alternância de poder é garantida, pois qualquer deputado eleito pode candidatar-se e disputar”, escreve o jurista.
LEIA A NOTA DO DEPUTADO RODRIGO NOVAES: Tenho visto ser cogitado nomes para a mesa diretora em seus vários cargos.
Algumas insatisfações, clima de desconfiança, e a possibilidade de disputa em algumas vagas para a mesa diretora.
Umas internas, dentre membros do mesmo partido, e outras entre legendas diferentes, que poderiam ser evitadas.
As disputas acontecem porquanto está-se quebrando um critério objetivo que a lei nos empresta e que deveria nos ser caro, preservado e respeitado de forma cogente.
A “proporcionalidade das bancadas” é remédio para evitar essa discussão.
A equação contempla os partidos em suas respectivas vagas para a mesa diretora através do número de deputados de suas bancadas.
Por conseguinte, tem-se o apoio mútuo dentro da maioria.
Isso está previsto no artigo 73, parágrafo segundo, do regimento interno.
O equilíbrio de forças dentro do Parlamento é importante para seu funcionamento e para que a Casa siga alinhada, unida.
Coloco meu nome para a disputa da presidência da Casa porque vejo, dentre outras várias razões, desrespeitado esse critério pela quinta vez - e por uma postulação que nasce ao arrepio da lei.
Defendo que haja uma reorganização das forças partidárias, que seja obedecido o critério da proporcionalidade, que assim como a alternância do poder, o respeito à constituição e aos princípios democráticos, traz-nos harmonia e sintonia com a sociedade.
Dep.Rodrigo Novaes/PSD