A escritora, editora do site “Lugar de Mulher” e feminista Clara Averbuck é a convidada do Ponto a Ponto deste sábado (31), à meia-noite, na Band News, comandado pela jornalista Mônica Bergamo e o sociólogo Antonio Lavareda.
De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de junho de 2013, 40,9% dos entrevistados concordam totalmente que os homens devem ser a cabeça do lar; 22,9% concordam parcialmente; 24,8% discordam totalmente; 8,5% discordam parcialmente e 2,7% se mantiveram neutros. “O pior é saber que muitas mulheres responderam a esse levantamento e concordam com a situação.
Elas reproduzem a cultura do machismo também e ainda por cima são vítimas”, afirma.
Sobre outra pesquisa do Termômetro Paulistano, do Instituto Datafolha, realizada em abril de 2014, para quase um terço dos paulistanos é normal homens assediarem mulheres que usam decotes ou minissaias, pois é da natureza masculina.
Clara rebate: “Que argumento é esse de que a mulher tem de se proteger, tem que se comportar?
Não é a mulher que tem que fazer algo.
Os homens têm que parar de assediar!” O programa também aborda o projeto de lei que obrigava a criação do “vagão rosa” nos trens da CPTM e dos metrôs nos horários de pico em São Paulo, porém acabou sendo vetado.
No início do ano passado, foram presas pelo menos 33 pessoas por assédio no metrô da capital paulista.
Assim como Clara Averbuck, alguns grupos feministas se posicionaram contra o projeto por “segregar e acabar piorando o problema nos transportes públicos”.
O estupro é outro tema da atração desta semana.
O Instituto Datapopular, de maio de 2013, traz uma lista dos crimes mais recorrentes no Brasil e o item “agressão contra a mulher/estupro” aparece em terceiro lugar, perdendo apenas para roubos e assassinatos.
Segundo a escritora, o problema maior do crime por estupro é que elas não delatam. “Só 10% são denunciados.
A sociedade tem que entender que esse crime não é só o homem que te ataca na rua e te leva para a moita”, diz.
As reprises do programa são no domingo (1º) às 16h30, 20h30 e 0h.