O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), criticou o tom adotado pela presidente Dilma Rousseff no discurso que abriu a primeira reunião ministerial de seu governo nesta terça-feira (27/01).
De acordo com o líder, a única orientação dada pela presidente ao seu ministério é seguir a orientação de seu marqueteiro João Santana e travar uma “guerra da comunicação” com os fatos. “Dilma estabelece a enganação como método de governo.
Prometeu uma coisa na campanha, fez o inverso assim que assumiu, mandou a conta do descalabro econômico para a classe média e ainda tem a coragem de ir a público pregar diante de seus ministros a continuação da guerra de comunicação.
Ela quer combater a crise com a retórica”, lamentou Mendonça Filho.
O democrata também lamentou o anúncio de que, apesar do corte de quase R$ 18 bilhões em direitos trabalhistas e o aumento de R$ 20 bilhões em tributos, outras medidas de ajuste fiscal contra o contribuinte devem ser adotadas.
Dilma afirmou que as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda são de “caráter corretivo”, o que para Mendonça é a confissão de que houve falhas econômicas em seu governo. “Se é caráter corretivo é para se corrigir algo que falhou e ainda precisa ser corrigido.
A agenda de maldades não cessou e certamente essas medidas econômicas de reequilíbrio fiscal que foram anunciadas de forma “gradual” não afetarão o patrimonialismo político de seu governo, e sim, o contribuinte", afirmou.