Foto: AFP.
A decisão do governo federal de mudar regras trabalhistas como seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio doença teriam sido decididas em meados de 2014, mas só foram reveladas no início de novembro, após o segundo turno das eleições que reelegeu a presidente Dilma Rousseff (PT).
A informação é de reportagem da Folha de S.
Paulo.
Em agosto, quando enviou o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2015 para o Congresso, o Planalto já havia reduzido em R$ 8,8 bilhões a previsão de gasto com abono salarial.
A previsão teria sido feita com base nas regras que já estavam decididas antecipadamente.
Em meio à campanha, Dilma Rousseff criticou adversários e disse que não mudaria legislações sobre direitos trabalhistas, e chegou a usar a expressão “nem que a vaca tussa”.
O PT aproveitou o slogan e criou uma mobilização nacional contra mudanças nos direitos trabalhistas.
No dia 6 de novembro, o então ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) disse que era preciso rever despesas como o seguro-desemprego e o auxílio-doença.
As medidas foram anunciadas oficialmente no final de dezembro.
As alterações tornaram mais rígidas a concessão dos benefícios.
Com o corte o governo federal espera economizar R$ 18 bilhões.
O Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda não responderam à reportagem do jornal paulista.