Trecho mais ao sul do Arco Metropolitano é menos polêmico e deve sair antes.

Imagem: reprodução/Dnit Um grupo formado por cinco prefeitos e alguns empresários querem manter o traçado original do Arco Metropolitano, eixo viário que pretende desafogar o tráfego da BR-101, que passa pela Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia/Beberibe, a maior porção sobrevivente de Mata Atlântica na Grande Recife.

O trecho é polêmico e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) avalia um novo traçado para contornar a mata.

O grupo se reuniu com o presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), Flávio Figueiro, para que ele interceda junto ao governador Paulo Câmara (PSB).

Eles esperam que o socialista interceda junto ao Governo Federal, com os ministros do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto (PTB), e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).

Integram o grupo os prefeitos de Abreu e Lima, Pastor Marcos José; de Araçoiaba, Joamy Alves; de Igarassu, Mário Ricardo; de Itapissuma, Cal Volia; e, de Paulista, Júnior Matuto.

Também integram a lista os empresários Frederico Petribú, da Usina São José, Márcio Lopes e Israel Martins, do Grupo Petropólis, Arthur Rebelo, da Pernambuco Construtora.

Junto, o grupo pagou uma consultoria para analisar os impactos financeiros e ambientais do antigo projeto e chegaram a conclusão de que os aspectos positivos superam os negativos.

O principal benefício seria a integração entre os municípios.

Com a mudança de traçado, algumas cidades poderiam ficar de fora, como Paulista. “Deixaria de ser um Arco Metropolitano”, afirma o prefeito Junior Matuto. “Não podemos deixar sair o edital do 2º trecho.

O projeto em voga é desastroso do ponto de vista do escoamento da produção”, diz o prefeito Mário Ricardo.

Já o prefeito Cal Volia argumenta que não há problema em cruzar a mata, já que o empreendimento tem compromisso com o reflorestamento.

O Dnit dividiu o projeto do Arco Metropolitano em dois lotes.

O mais ao sul, que liga a cidade de São Lourenço da Mata ao Cabo de Santo Agostinho.

A polêmica é o lote mais ao norte, que iria até Igarassu, passando pela APA de Aldeia.

O presidente da Condepe/Fidem prometeu analisar oo pedido.

A Fidem foi responsável por planejar o Arco Metropolitano quando ele começou a ser pensado, há mais de 20 anos.