Foto: Andrea Rego Barros/PCR Por Jumariana Oliveira Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (23).
Poucos dias depois de iniciar a execução do orçamento municipal previsto para 2015, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), realizou o remanejamento de mais de R$ 177 milhões em várias áreas da administração.
A edição de ontem do Diário Oficial trouxe oito decretos informando as modificações previstas para este ano.
A Lei Orçamentária Anual, elaborada pelo próprio Executivo municipal, foi aprovada no final do ano passado pela Câmara do Recife e logo depois sancionada pelo prefeito.
Responsável pela execução de grandes projetos na área de infraestrutura urbana, a Empresa de Urbanização do Recife (URB) foi a que mais “perdeu” recursos neste início de ano.
Foram mais de R$ 86 milhões retirados da empresa.
O orçamento da URB é de R$ 1,2 bilhão.
A prefeitura fez três remanejamentos com os recursos da URB, que é responsável por obras como a Via Mangue, que aguarda liberação de recursos federais para ser concluída.
O montante será retirado de projetos como o Capibaribe Melhor e da requalificação urbanística da comunidade do Pilar.
Ainda será retirado dinheiro de projetos diversos envolvendo a melhoria da infraestrutura urbana, do sistema viário do Recife e da requalificação dos cursos de água.
Uma parte da transferência será feita para a Secretaria de Governo e Participação Social, que é uma das pasta de cunho político.
Ela receberá R$ 14 milhões para executar suas ações no ano pré-eleitoral.
Outra grande transferência será feita para a Secretaria de Finanças executar suas atividades e para o pagamento de pessoal.
As pastas de Esportes, Relações Institucionais, Juventude, Infraestrutura e Mulher também receberão recursos da URB.
Secretário-executivo de Orçamento e Captação de Recursos, Artur Gueiros explicou que o volume de remanejamentos se deve a um planejamento feito pela PCR, que “antecipou” às medidas que seriam feitas ao longo do ano.
Ele ainda ressaltou que em algumas áreas da gestão, como a URB, tiveram recursos alterados porque existe a sinalização de que outras receitas podem entrar através de operações de créditos que estão em andamento. “Temos várias operações de crédito que estão com o trâmite burocrático adiantado.
O prefeito tem feito visitas a Brasília e recebeu algumas sinalizações positivas.
Essas alterações foram feitas porque existe a expectativa de desembolso para as áreas que sofreram retirada”, explicou.