Da FolhaPress BRASÍLIA, DF - O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, 48, sofreu “angústia, ansiedade, insônia, choro e irritabilidade” na cadeia, onde está preso desde novembro passado em decorrência da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
A informação consta de atestado médico apresentado por sua defesa na ação penal contra o executivo.
Segundo petição do seu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, os documentos foram apresentados com o objetivo de manter a Justiça atualizada sobre o estado de saúde do réu.
Foi juntado um atestado de um psiquiatra e um atestado de um cardiologista.
No fim de novembro, Eduardo Leite chegou a ser internado em um hospital por causa de uma crise de hipertensão, mas teve alta no dia seguinte.
O relatório do cardiologista Rubens Zenobio Darwich afirma que seus exames cardiológicos “se apresentaram dentro da normalidade”, sendo orientado uso de medicação para hipertensão arterial.
Já o psiquiatra Sivan Mauer, que o acompanha desde dezembro, afirma que a prisão “agudizou” sintomas do paciente que ele já possuía antes da prisão e recomendou que o tratamento fosse feito “fora do sistema prisional, pois a instabilidade do quadro psiquiátrico interfere diretamente no quadro de hipertensão arterial sistêmica”.
Não é o primeiro caso de um preso na Lava Jato com problemas de saúde.
Na semana passada, o executivo Sérgio Cunha Mendes, da empreiteira Mendes Júnior, passou mal com dores abdominais e foi submetido a uma cirurgia para retirada de cálculo renal.
Também o doleiro Alberto Youssef foi internado diversas vezes por problemas no coração.