Foto: JC Imagem Interditada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desde a última terça-feira (20), a Contax conseguiu uma liminar na Justiça do Trabalho para voltar a operar e os empregados do turno de meio-dia já voltam a trabalhar nesta quinta (21).

A unidade de telemarketing de Santo Amaro, no Recife, que é a maior da empresa no Brasil, havia sido interditada por problemas no ambiente trabalhista.

O Ministério do Trabalho apontou problemas no ambiente de trabalho da Contax que inclui, por exemplo, um tempo máximo de cinco minutos para usar o banheiro em uma jornada de trabalho de seis horas.

O tempo seria cronometrado pelos superiores e, caso o funcionário o excedesse, teria desconto no salário.

LEIA TAMBÉM: » Desinterdição da Contax pode ficar para esta sexta, diz MTE » MTE interdita a Contax em Santo Amaro No pedido de liminar, a empresa afirma que alguns dos problemas apresentados pelo Ministério do Trabalho já foram resolvidos, uma vez que a investigação levou dois anos.

A Contax garante, porém, que continuará negociando com a entidade para sanar as outras demandas.

A decisão da 14ª Vara do Trabalho lembra que a Contax é a maior empregadora do Recife e que a possível perda de contratos de prestação de serviço poderia acarretar em uma demissão em massa de mais de dez mil trabalhadores. “O Grupo Contax cumpre toda a legislação trabalhista e as normas específicas para o setor de call center e se mantém aberto ao diálogo com o Ministério do Trabalho e Emprego”, assegura a empresa, através de nota.

Cerca de 14 mil funcionários trabalham na unidade de Santo Amaro, que oferece serviços de call center para empresas como Bradesco, Itaú, Santander, Citibank, Oi, Vivo e NET.

Os auditores elaboraram um relatório que será entregue a essas empresas.

Segundo o MTE, o número de atestados solicitados mensalmente chegava a seis mil.

A Contax participa, nesta quinta, às 16h, de uma nova reunião com técnicos do Ministério do Trabalho, onde vai apresentar as melhorias realizadas na empresa e pedir a desinterdição.

O MTE tem um prazo de 24 horas para realizar uma nova vistoria e liberar a empresa ou manter a interdição.

O escritório jurídico que trabalha para a empresa já havia tido uma primeira reunião com o Ministério do Trabalho nessa quarta (21), mas eles não acataram o pedido de desinterdição de imediato, o que levou a companhia a acionar a Justiça.