Foto: reprodução do Facebook da Polícia de Pernambuco Mesmo não sendo considerada legal pelo código que rege a corporação, a greve de policiais militares e bombeiros só pode ser efetivada após um período de 24 horas depois que uma assembleia da categoria decidir pela paralisação. É o que explica Wellington Juvino, diretor da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (APEBOM-PE).
De acordo com Juvino, o prazo de 24 horas para início das paralisações passa a contar do momento em que os comandos da Polícia Militar de Pernambuco e do Corpo de Bombeiros forem oficialmente notificados pelas associações de classe.
Uma assembleia da categoria está marcada para a tarde desta quarta-feira (21), às 14h, no Auditório Tabocas, do Centro de Convenções, em Olinda.
LEIA TAMBÉM: » PM: Categoria se reúne nesta quarta-feira e não descarta greve » Sargento morto no Complexo do Curado é enterrado no Parque das Flores Além de esperar um dia para dar início à paralisação, os PMs garantem que cumprirão uma exigência constitucional que determina que pelo menos 30% do efetivo continuará atuando em caso de paralisação.
Hoje, existem 25 mil pessoas atuando na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros em Pernambuco.
Procurada pelo Blog de Jamildo, a assessoria de comunicação da PM nega que exista um prazo para dar início ao movimento porque, a rigor, a greve de policiais militares é ilegal. “Não tem nenhuma base legal em relação a isso”, diz o capitão Júlio Aragão. “Não é a legislação do policial militar”, assegura.
Nas redes sociais, a possibilidade de uma paralisação dos policiais gerou apreensão, em função da onda de saques e arrastões ocorridas durante a greve da PM ocorrida em maio do ano passado.
No What’s App, um áudio não identificado alerta as pessoas que trabalham longe de casa ou no Centro. “Quem puder entrar em um propósito de oração…
Eu também estou orando aqui em casa para que tudo dê certo”, diz a gravação.
REIVINDICAÇÕES - Os militares cobram a implantação de um plano de cargos e carreiras (PCC) para a categoria, que foi prometido após a greve do ano passado e ainda não saiu do papel.
A categoria passou três meses elaborando uma proposta para apresentar ao Governo do Estado, que disse não poder implantá-lo por causa das limitações do ano eleitoral e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “A gente está esperando um diálogo do governo.
A gente quer entregar novamente esse documento, agora ao governador Paulo Câmara, e retomar a mesa de negociação”, afirma Juvino.
O Blog de Jamildo tentou contato com a assessoria do Palácio do Campo das Princesas, sem sucesso.
A assembleia dos policiais desta quarta já estava marcada desde o início do mês, mas ganhou força depois que o sargento Carlos Silveira do Carmo foi morto durante a rebelião no Complexo Prisional do Curado, que se arrasta desde o início da semana.
Uma passeata em memória do militar deve ocorrer após a assembleia desta quarta.