Toda a decoração do Clube Português, no centro do Recife, para o baile do Siri na Lata, dia 6 de fevereiro, terá referência ao escândalo da Petrobras, que inspirou o tema O roubo do ouro negro.

A decorada Leiloca abusa do bom humor para abordar o assunto.

Críticas políticas sempre fizeram parte do Siri na Lata, que surgiu há 39 anos com um grupo de jornalistas.

Cresceu com a adesão de artistas, intelectuais e políticos de esquerda.

E hoje é uma das principais prévias do carnaval pernambucano.

Logo na entrada do clube, os foliões vão encontrar um portal com o fundo verde e amarelo e design semelhante à marca da estatal, e sobre ele estará escrito Roubobras.

Do teto do salão cairão pencas de sacos de juta com o cifrão estampado e, nas laterais, a ornamentação será com tonéis cheios de dólares e não de petróleo.

Até nos banheiros o tema estará presente, com placas de Pipi Bras.

Também as recepcionistas vão trabalhar a caráter, fantasiadas de frentistas de postos de gasolina.

No ano passado, a musa do baile, a cineasta e figurinista Joana Gatis, fez performance no Parque Dona Lindu, em protesto pelo nome dado ao local.

Os produtores do Siri, Ricardo Carvalho e Paulo Braz, explicaram o ato dizendo que a mãe de Lula não teve feitos relevantes em Pernambuco.

Por isso outra pessoa deveria ser homenageada nesse espaço de lazer.

O baile deste ano começa às 23h e terá como atrações Elba Ramalho, Almir Rouche, Banda Asas da América, Maestro Forró e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.