Juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife.

Foto: Guga Matos/JC Imagem Depois de dois dias de rebelião no Complexo Prisional do Curado, o maior de Pernambuco, e na penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) decidiu pedir oficialmente o afastamento do juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife, à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a realização de um mutirão para agilizar o julgamento de processos.

A saída do juiz foi solicitada pelos presos do Complexo do Curado, antigo Aníbal Bruno.

De acordo com fontes do Blog de Jamildo, o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves, convocou uma reunião com representantes das comissões internas da entidade e com advogados da área de Execuções Penais na noite dessa terça-feira (20).

LEIA TAMBÉM: » OAB-PE vai pedir ao TJPE providências disciplinares contra juiz Luiz Rocha » Batalhão de Choque contém protesto de detentos no Curado » O que fazer para acabar com as rebeliões nos presídios pernambucanos As críticas a Luiz Rocha foram generalizadas e apenas dois advogados teriam se posicionado contra o afastamento.

Uma das principais críticas seria a de que o juiz não costuma receber advogados e que os processos estão atrasados.

Na noite da segunda (19), Luiz Rocha declarou à imprensa que os presos foram dirigidos a isso por má informação e desconhecimento do trabalho realizado na Vara. “Sou surpreendido por um movimento lastimável, infeliz”, declarou.

Na manhã desta quarta, o Batalhão de Choque da Polícia Militar entrou no presídio Frei Damião, no Complexo do Curado para fazer com que detentos deixassem o telhado dos pavilhões.

Os presos seguravam faixas pedindo a saída de Luiz Rocha e tinham armas brancas em punho.