Refinaria Abreu e Lima.

Foto: Heudes Regis/JC Imagem.

Delator na Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa usou o seu advogado, João de Baldaque Mestieri, para rebater a alegação da estatal de que ele seria responsável pelo estouro no orçamento da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Ele não tinha autonomia para autorizar esse tipo de gasto”, disse o advogado, em entrevista à Folha de S.

Paulo.

Nota divulgada pela Petrobras, depois de ser publicada a informação de que a Refinaria Abreu e Lima poderia deixar um rombo de US$ 3,2 bilhões, alegava que um plano de antecipação da refinaria foi apresentado por Costa, o que teria levado a uma série de aditivos.

LEIA TAMBÉM: » Petrobras culpa Paulo Roberto Costa por elevar preço da Refinaria Abreu e Lima » Refinaria de Abreu e Lima dará prejuízo de US$ 3,2 bilhões O advogado lembra que o plano foi aprovado pela Diretoria Executiva da estatal, da qual fazia parte a presidente da Petrobras, Graça Foster. “Dessa forma, parece que ele é o algoz de uma perda bilionária para a Petrobras”, alega o advogado.

A construção da Rnest teria sido usada por Paulo Roberto Costa para cobrar propinas de empreiteiras, que eram direcionada, depois, para políticos, segundo a investigação da Lava Jato.

Quando anunciada em 2005, a Refinaria Abreu e Lima estava orçada em US$ 2,5 bilhões.

Hoje, o orçamento gira em torno de US$ 18,5 bilhões.

A Refinaria Abreu e Lima começou a processar petróleo no dia 6 de dezembro e, no primeiro mês, processou 1,4 milhão de barris do produto.

O segundo trem de refino está prometido para maio.