O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda proposta na MP 656.
A emenda de autoria de Mendonça foi aprovada no final do ano passado em votação simbólica na Câmara e no Senado.
O valor corresponde à projeção da inflação para o período de 2014 que foi exatamente o teto da meta do governo. “Vetar essa correção próxima ao valor final da inflação de 2014 é exigir que, mais uma vez, o trabalhador seja penalizado com a situação econômica do país.
O governo retira mais gente da isenção para inchar ainda mais suas receitas do jeito mais fácil: apertando ainda mais o contribuinte”, protestou o líder.
Mendonça relacionou o veto às demais medidas adotadas pela equipe econômica da presidente que vem aumentando impostos e tributos que incidem principalmente nas classes média e baixa da população. “Em vez de o governo do PT estar arrochando o trabalhador com mais impostos, suspensão dos direitos trabalhistas e de créditos estudantis, aumento nas tarifas de luz e combustíveis,e agora a não correção da tabela de Imposto de Renda, deveria estar combatendo o inchaço da máquina pública representado pelos seus 39 ministérios e pela corrupção”, sugeriu.
O líder democrata anunciou que a oposição deve trabalhar para derrubar o veto no Congresso Nacional.
Mendonça Filho alega que o parlamento aprovou a emenda no intuito de reparar uma injustiça com o contribuinte brasileiro. “É um desrespeito ao trabalhador, é um desrespeito ao Congresso Nacional que decidiu ajustar a tabela à real situação do país.
Vamos trabalhar para derrubar o veto e provar mais uma vez a independência do nosso parlamento.