Foto: Agência Brasil Por Fernando Castilho Na coluna JC Negócios do Jornal do Commercio desta terça-feira (20).

Não adianta buscar outra palavra.

O Brasil entrou em racionamento de energia ontem à tarde.

O governo pode dizer o que quiser, mas o ONS mandou cortar carga e o nome disso é racionamento.

Dilma demorou, mas conseguiu.

O problema é que isso é só o começo.

Não há, rigorosamente, nenhuma perspectiva de que o sistema atual (com a oferta de água nos reservatórios e as condições das térmicas) aguente o tranco de 2015.

Porque simplesmente o consumo não para de subir e não há nenhuma campanha de uso racional, estímulo a produtos mais econômicos ou uma simples redução voluntária.

Sem isso, e com o calor que o País está sentindo, economizar energia virou palavrão.

Mas como tudo que é ruim pode piorar, é bom saber que as campanhas que vierem a ser lançadas (e elas fatalmente virão) não vão impactar como no passado. É que o Brasil já trocou a maioria de suas lâmpadas incandescentes, comprou aparelhos com selo Procel e vai por aí.

Agora é cortar.

Desligar mesmo e pronto.

Chegamos ao racionamento 2.0.