Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Em entrevista ao jornal Folha de S.

Paulo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), favorito na disputa para a presidência da Câmara, acusa do Palácio do Planalto de oferecer cargos a parlamentares para que eles apoiem a candidatura do adversário Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Todos os dias recebo relato de deputados abordados por ministros do Palácio tentando fazê-los mudarem para a candidatura do Chinaglia.

Abordados com todo tipo de proposta e de cobranças, incluindo ofertas de cargos, segundo me relatam”, disse.

De acordo com a Folha, uma dessas ofertas teria sido feita pelo ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT), responsável pela articulação política do governo Dilma Rousseff (PT), a um bloco formado por oito partidos nanicos que somam 40 deputados.

O ministro nega e diz que a escolha do segundo escalão do governo vai ocorrer de forma independente da eleição para a presidência da Câmara. “Nós não formamos nosso governo com toma lá, dá cá.

Mas é evidente que o governo vai ser formado por pessoas indicados por partidos e por pessoas que não são de partidos.

Desconheço qualquer governo que não seja formado assim”, diz.

Desafeto da presidente Dilma, Eduardo Cunha alerta o Palácio quanto à movimentação. “Se o governo escolher um lado depois não poderá cobrar do outro o alinhamento que eles precisarão para aprovar o que necessitam”, manda o recado.