Prestadores de serviço da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (19), em protesto contra a soltura do ambulante Cássio Balbino de Lima, 38 anos, suspeito de ter matado a tiros Giovani Bezerra da Costa, 43, que trabalhava como auxiliar de fiscalização.
Uma comissão formada por trabalhadores e representantes do Sindicato seguiu para o DHPP, em busca de esclarecimentos. “Nós vamos cobrar.
Uma pessoa que comete um crime não pode sair impune.
Precisamos coibir ações do tipo até para que não volte a acontecer.
Não tem como eles trabalharem com ameaças constantes”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana do Estado de Pernambuco (Stealmoaic), representante da categoria.
Giovani foi assassinado enquanto participava da fiscalização do comércio informal na Praça Dom Vital, no centro do Recife, por volta das 12h do dia 13.
Como auxiliar de fiscalização, ele deveria, apenas, recolher o material apreendido pela equipe de fiscalização da PCR, que é quem tem o poder de abordagem e atua com o apoio da Polícia Militar.
Na última sexta-feira (16), familiares de Giovani e trabalhadores fizeram passeata e ato em frente à PCR, para cobrar mais policiamento durante as investidas.
Só na atual gestão, três auxiliares de fiscalização foram assassinados em serviço, em menos de um ano.
O advogado do Sindicato, Eduardo Morais, também vai ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conversar com o delegado para que seja representada uma prisão preventiva.
Em seguida, vai ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para tentar conseguir a emissão de um parecer favorável do órgão para finalmente seguir para o Tribunal de Justiça a fim de que, a partir dos argumentos apresentados, o juiz possa expedir o mandado de prisão.