Guilherme Uchoa deve disputar quinto mandato na Alepe.
Foto: Divulgação.
As articulações para a presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) já correm solta e cada corrente da Casa Joaquim Nabuco defende teses variadas para fortalecer os próprios grupos ou detonar os adversários.
Em defesa da candidatura de Guilherme Uchoa, atual presidente da Casa, que disputa o quinto mandato, uma fonte do PTB confidenciou ao Blog que não houve qualquer articulação entre Uchoa e Armando Monteiro Neto (PTB), atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Uchoa, durante as eleições para o governo do Estado. “Estão tentando criar fatos para desestabilizar a lealdade que Uchoa tinha com Eduardo Campos”, disse, em reserva, o petebista. » Guilherme Uchoa tentou pular do barco de Paulo Câmara, em 2014 Nos bastidores, a aproximação foi negada pelo PTB.
A tese defendida pelo grupo é que os setores que disputam contra Uchoa estão tentando prejudicá-lo para tensionar o ambiente político na Assembleia. “Em nenhum momento houve essa movimentação de Uchoa em prol de um possível apoio a Armando Monteiro.
Fica claro para setores do PTB que essa ilação foi feita sobre o presidente Guilherme Uchoa por grupos adversários”, explicou um parlamentar, ligado ao presidente.
Matéria publicada nessa sexta-feira (16), no Blog, trouxe bastidores da campanha eleitoral de 2014 em Pernambuco.
Em um dado momento, o deputado federal eleito Marinaldo Rosendo, de Timbaúba, muito ligado a Guilherme Uchoa, procurou Armando e disse que o apoiaria, desde que ele garantisse a reeleição de Guilherme Uchoa na Alepe, agora em 2015.
Armando não aceitou.
DÉFICIT DE LIDERANÇA - A ausência do ex-governador Eduardo Campos (PSB) também é apontada como fator adicional para desestabilizar o processo de escolha do novo líder.
Há uma briga interna no partido pela liderança do partido. “Existe um déficit de liderança.
Na época de Eduardo Campos, ele chamava e dizia: ‘o caminho é esse’.
Havia subserviência a Campos e eles [os deputados] foram forjados na agenda delegada por Eduardo.
Na hora em que perderam o Norte, perderam os caminhos”, observa um parlamentar, explicando o fogo cruzado que acontece atualmente na Alepe.