Os aliados do governador Paulo Câmara contam que ele não pretende interferir na eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado.
Na sua avaliação, os próprios deputados é que tem que chegar a um entendimento, para o comando da casa. “A única orientação (aos deputados) é de que mantenham a unidade da Frente Popular” “Se a oposição lançar um nome ou se Guilherme Uchoa fosse um candidato de oposição, ai seria outra história”, observa um aliado.
Interessado em rachar a situação, que pela primeira vez oferece alguma resistência a recondução de Uchoa, a oposição não lançou nome algum e até mudou a orientação contra a reeleição infinita de um mesmo parlamentar.
Outro argumento apresentado pelos aliados de Paulo Câmara é a independência entre os poderes. “Se interferir, iriam criticar que está passando um rolo compressor.
Não tem como interferir, se é da base, se tem a maioria.
Nunca se viu um governador ir contra um presidente que consiga a maioria dos deputados”.
Uma das saídas imaginadas para o impasse seria uma composição com o pedetista, em que ficasse negociado que esta seria a última eleição de Guilherme Uchoa.
Ocorre que o mesmo acordo foi feito na última recondução, mas Uchoa busca mais dois anos de mandato.
A diretriz não é totalmente aceita entre os próprios aliados da base socialista. “A situação é difícil.
Se recuar, se o PSB e Paulo Câmara recuarem, vão se agachar diante do presidente da Assembleia”, fustiga um deputado, em reserva absoluta. “Para Paulo Câmara, é menos ruim perder para Guilherme Uchoa do que não apresentar um candidato.
Fora os deputados fisiologistas, que buscam cargos na Alepe, não há quem apoie a continuidade de Uchoa.
Caso perdesse, não seria culpa de Paulo Câmara, mas sim deste tipo de deputado.
Ruim seria aceitar um acordo com um deputado que representa o passado ou demonstrar que tem receio dele” Inteligente, no plano externo, Guilherme Uchoa chama a OAB para a briga, por saber que ele se fortalece com o público interno, ao confrontar publicamente a instituição.