A elaboração de um perfil do parlamentar Guilherme Uchoa poderia mostrar, para o público externo da Alepe, os seus trunfos na disputa por mais dois anos de mandato a frente da Assembleia Legislativa.

Normalmente, a imprensa pinta o dirigente como a encarnação do mal, um político atrasado e truculento.

Os aliados do pedetista citam gestos que não saem nas colunas de jornais.

Os defensores de Uchoa contam que ele costumava levar os deputados na casa de Eduardo Campos, para tomar café da manhã, e resolver pendências políticas. “Quantas vezes Waldemar Borges fez isto?”.

Quando um secretário de Estado se recusava a receber um parlamentar, para ouvir demandas de suas bases, Uchoa entrava no circuito para que eles fossem atendidos. “Ele acorda cedo, vai nos interior, representa os outros deputados”, comentam. “Defende a casa, quando nem todos tem coragem de falar”.

No ano passado, quando a Justiça Eleitoral ameaçou reduzir o número de deputados de 49 para 47 deputados, saiu de Pernambuco, articulou-se nacionalmente e foi brigar no STF, onde acabou ganhando a pendenga.

Poderia ser qualquer um dos eleitos a não ocupar as duas vagas asseguradas.