Seis meses após a greve dos professores da rede de ensino do Recife, o sindicato da categoria (Simpere) emitiu uma nota em que faz críticas ao prefeito Geraldo Julio (PSB) pela condução do processo de negociação.

No total, sete dias letivos foram prejudicados por causa da greve, que durou de 15 a 23 de julho de 2014.

Segundo a entidade, o prefeito reprimiu a greve dos docentes e classifica o chefe do executivo como “inimigo número 1 da Educação no Recife”. “Foi impedido qualquer tipo de negociação e agora resolveu forjar a reposição de aulas para enganar a sociedade.

Isso sem a menor preocupação com o direito dos 200 dias letivos dos alunos da rede municipal”, diz a nota.

As aulas perdidas em julho - em função da greve - estão sendo repostas este mês. “Além de comprometer as férias escolares dos alunos, [a atitude] impediu as férias dos professores CTDs (Contrato tempo determinado) no período de férias coletivas”, explicam os representantes do sindicato, enviado pela entidade.

O Simpere visitou as escolas na primeira semana e observou o número reduzido de alunos nas salas. “Em uma rede com cerca de 400 unidades educacionais, onde mais de 90% aderiram à greve, o que vimos foram escolas esvaziadas com pouquíssimos alunos, muitas em que o número era tão ínfimo que juntando os estudantes presentes não se formava uma turma”, denuncia o sindicato, que é ligado a Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade ligada ao PT.

Para o Simpere, não houve reposição.