Silvio Costa assume postura ofensiva contra Eduardo Cunha.
Foto: Edmar Melo/JC Imagem.
Com temperamento forte e cheio de frases de efeito, o deputado federal Silvio Costa (PSC) está à frente da coordenação da candidatura do petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara dos Deputados e assumiu postura de interlocutor do candidato.
No encontro com parlamentares pernambucanos nesta quinta-feira (15), Costa tomou para si o papel ofensivo e disparou críticas contra o líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Para minar a candidatura de Eduardo Cunha, Silvio Costa pregou a alternância de poder e elencou as esferas políticas dominadas pelo PMDB. “Não é salutar para o partido que o PMDB mantenha essa hegemonia parlamentar”, afirmou o deputado federal.
Silvio Costa também lançou mão do suposto envolvimento de Eduardo Cunha na Operação Lava Jato.
Defendendo a análise de forma bem didática, herança dos tempos como professor, Silvio Costa alertou para os cuidados em eleger um candidato sob investigação.
Arlindo Chinaglia e Silvio Costa.
Foto: Edmar Melo/JC Imagem.
Para reforçar a tese, o parlamentar traçou uma analogia com a gestão de um condomínio. “Imagine que você mora em um prédio e vai ter eleição de síndico e você descobre que o candidato está envolvido em uma de roubo de água ou energia elétrica”, explicou. “Eu acho que tem que esclarecer.
Esse assunto tem que estar na pauta da Câmara”, acrescentou, observando que não tem nada pessoal contra Cunha. » Marta Suplicy está de olho na Prefeitura de São Paulo, diz Chinaglia, no Recife » Chinaglia diz que tem acordo mútuo com Delgado para 2º turno da presidência da Câmara O coordenador da campanha de Chinaglia também argumentou que o petista não irá se “curvar” as vontades da Presidência da República, apesar de estar no mesmo partido. “Ele é alguém que não vai usar o cargo para criar dificuldades e arrumar facilidades. É um cara que não vai fazer uma presidência de grupinhos ou grupelhos”, disse, pontuando que a candidatura de Cunha é um “voo de galinha”.
No início desta semana, matérias foram veiculadas apontando o suposto envolvimento de Eduardo Cunha no esquema de corrupção na Petrobras.
Em resposta às declarações, o líder do PMDB afirmou que as informações não passavam de “alopragem”. “Tentaram criar um constrangimento para minha candidatura com denúncias falsas, vazias, com o intuito de beneficiar outras candidaturas.
E foi um tiro na água e de festim”, afirmou o deputado.