Refinaria Abreu e Lima.

Foto: reprodução/Petrobras O primeiro carregamento de nafta petroquímica produzida na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Porto de Suape, em Pernambuco, foi embarcado nessa terça-feira (13) e segue, no navio FSL Singapore, para São Sebastião, em São Paulo, onde será vendido para a Braskem.

Desde que a Rnest entrou em operação, a Petrobras já produziu 56,6 mil metros cúbicos de nafta petrolífera na unidade.

Nesse primeiro carregamento, foram expedidos 18,5 mil metros cúbicos do produto.

A nafta petroquímica é gerada na Unidade de Destilação Atmosférica da Refinaria Abreu e Lima e, depois de ser certificada nos padrões da Agência Nacional de Petróleo (ANP), é bombeada para os navios, com apoio logístico da Transpetro.

LEIA TAMBÉM: » Refinaria Abreu e Lima já refinou 1,4 milhão de barris de petróleo » Refinaria Abreu e Lima conclui primeira venda de diesel » Refinaria Abreu e Lima começa a produzir derivados de petróleo O material é usado para produção de insumos químicos como eteno, propeno, butadieno, benzeno e xileno.

Esses insumos são usados pela Braskem para fazer plásticos eteno, propeno, butadieno, benzeno e xileno.

Também são produzidas borrachas sintéticas e fios de náilon.

O resultado pode ser aplicado em automóveis, eletrodomésticos, embalagens, produtos têxteis e detergentes.

A Refinaria Abreu e Lima entrou em operação no dia 6 de dezembro e, no primeiro mês, refinou 1,4 milhão de barris de petróleo.

O segundo trem de refino deve ficar pronto em maio.

A Rnest está no foco das investigações da Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro da Petrobras.

Em 2005, quando foi anunciada pelo então presidente Lula (PT), a unidade tinha custo calculado em US$ 2,4 bilhões.

A estimativa atual é que ele gire em torno de US$ 20 bilhões.

Em junho do ano passado, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos operadores do esquema, a estimativa seria uma “conta de padeiro”, já que os cálculos foram feitos sem a existência de um projeto básico.