O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, Silvio Costa Filho, do PTB, reagiu à tese da proporcionalidade, defendida pelo PSB, para assumir a presidência da casa, finalmente aposentando o deputado estadual Guilherme Uchoa da presidência.
Os socialistas ameaçam lançar um candidato próprio à Presidência da Assembleia Legislativa amparando-se na tese da proporcionalidade. “O PSB de Paulo Câmara não pode ser o PRI de Pernambuco.
Já tem o governador, já tem o prefeito, já tem comando da Câmara Municipal do Recife e agora também quer impor o nome de Waldemar Borges (para o comando da Assembleia Legislativa).
Para que isto?
Guilherme Uchoa pode ter alguns defeitos, como todos nós temos, mas ele dialoga e representa a institucionalidade”, declarou ao Blog de Jamildo.
Assim, o voto da oposição em Guilherme Uchoa representa, na prática, um posicionamento contra a hegemonia do PSB.
Entretanto, o deputado estadual frisa que a oposição não fechou questão sobre a eleição da mesa e que vai deliberar apenas no dia 14 de janeiro, próxima quarta-feira.
Na quarta-feira, em um jantar em Brasília, o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, havia dito que a bancada de oposição tinha que ter juízo.
Ele evitou fazer uma defesa enfática e direta de Uchoa, uma vez que, no governo Eduardo, já havia se rebelado contra a eternização.
Agora, fez uma ginástica verbal e mental enorme para defender a mudança de opinião. “Não tinha nada pessoal contra Uchoa.
Se os deputados estaduais acharam que deviam reconduzí-lo, quem sou eu para dizer o contrário”, explicou, mesmo citando que há um estudo da OAB afirmando que a reeleição para mais de dois mandatos é inconstitucional.
Reunida na última segunda-feira, a bancada do PSB, que tem 15 deputados na Casa, fechou questão em cima da tese da proporcionalidade, sustentada na defesa de que o cargo de presidente deve ser ocupado pelo partido majoritário no Legislativo.
Entre os nomes que se falam para entrar na disputa está o de Waldemar Borges.
Já o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que os debates acerca da sucessão da presidência da Alepe vão começar a partir de agora e que tem confiança de que vai se chegar a um consenso entre a disputa.
Paulo Câmara disse ter muita confiança de que sai um nome de consenso entre os deputados da base aliada que possa representar o Parlamento a partir de 2 de fevereiro de 2015.
O bloco da oposição hoje formado é por 13 parlamentares e promete votar em peso no presidente Guilherme Uchoa (PDT), em campanha para emplacar o quinto mandato no comando da Casa.
O PTB tem seis deputados, a maior bancada de oposição.
São 49 deputados e a votação é secreta, proporcionando traições a torto e a direito.