Foto: Roberto Pereira/SEI Em visita ao Recife nesta sexta-feira (9), o novo ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), defendeu como uma tendência a aplicação online das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio); apesar de afirmar que ainda não há uma data prevista para que o esquema seja implantado.
Cid Gomes classificou, porém, o modelo atual, com uma única prova acontecendo ao mesmo tempo em todos os estados do País, como um “aparato de guerra”. “A tendência natural é que a gente não precise mais de todo esse aparato de guerra que é a realização de um exame único, no mesmo dia, em todos os lugares do Brasil, e que tem que se oferecer oito milhões de inscrições”, afirmou Cid Gomes, após uma reunião com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), onde buscou coletar sugestões para melhoria do Ensino Médio no País.
LEIA TAMBÉM: » Novo ministro da Educação quer criar Enem on-line Em 2014, 8,7 milhões de jovens se inscreveram para prestar o Enem.
A abstenção atingiu 2,4 milhões de candidatos.
A proposta de Cid Gomes é criar um enorme banco de dados público digital, com até 80 mil questões, e que os alunos teriam um período, de até um mês, em que poderiam se inscrever para prestar a prova online. “Por enquanto, é só uma ideia.
Mas repito, é uma ideia em cima de tecnologias que já estão disponíveis”, afirmou Cid Gomes.
Ele adiantou que o MEC pode pagar cerca de R$ 100 por cada questão elaborada por um professor, o que estimularia o desenvolvimento do banco de dados. “Se a gente tiver um grande banco de dados, com 80 mil questões, esse banco pode ser público, a gente não vai ter nenhuma preocupação com sala-cofre.
E se alguém for capaz de resolver todas aquelas questões adequadamente, ele já é um gênio e merece entrar na faculdade”, argumentou Gomes.
Questionado pelo Blog de Jamildo, o novo ministro também afirmou que a diferenciação e regionalização do currículo do Ensino Médio não atrapalharia a realização do Enem, porque haverá uma base comum de todas as disciplinas, que será usada para avaliação dos alunos.