O novo ministro do Desenvolvimento, o pernambucano Armando Monteiro Neto, revelou, nesta quarta-feira, em Brasília, que só aceitou a missão de assumir a pasta com a condição de que a sua gestão fosse prestigiada pela presidente Dilma, em seu segundo mandato. “Não quero fazer um papel apenas ornamental”, declarou, em jantar com jornalistas pernambucanos, em restaurante de Brasília.
Como tem um mandato de Senador, o pernambucano também se sente com mais autonomia.
O convite para assumir o posto foi feito, em nome da presidente Dilma ainda em novembro, pelo ministro da Casa Civil Aluísio Mercadante, do PT de São Paulo.
Armando Monteiro Neto estava jantando no Spettus de Boa Viagem quando recebeu o pedido para ir a Brasília.
Não fez gestão para chegar ao Planalto.
Dilma teria comentado com Mercadante como não havia pensado no nome de Monteiro Neto antes, considerando sua boa relação com o empresariado nacional.
Prestigiado, já participou de três reuniões com a presidente Dilma e os demais membros da equipe econômica.
Na sua posse, estavam presidente não apenas o presidente do BC, como toda a equipe econômica.
No papel de agente do governo, Armando Monteiro Neto defendeu com veemência a reforma na previdência. “Não tem como segurar a Previdência Social com essa frouxidão de regras.
Já deveria ter sido feita há muito tempo”.
Perguntado se iria viajar o mundo para promover as exportações brasileiras como o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, não titubeou. “Não tenho a competência dele nem a mobilidade.
Como podem ver, sou mais pesado”, brincou.
Em relação a Pernambuco, o ministro afirmou que a ampliação das aplicações do BNDES pode ajudar Pernambuco, como a renovação do parque fabril. “De maneira direta, eu gostaria de apoiar aos arranjos produtivos locais, como o pólo de confecções e o polo gesseiro do Araripe”