Foto: Lorena Barros/JC Trânsito O movimento estudantil ligado à Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco já se prepara para realizar protestos e atos de rua contra o possível aumento no preço das passagens de ônibus na Grande Recife.

O grupo realiza uma plenária nesta segunda-feita (5), às 19h, que definirá como será o que eles chamam de “Janeiro de Luta pelo Transporte Público”.

Há três dias, o novo secretário das Cidades, André de Paula (PSD), afirmou, em entrevista à imprensa, que não há como fugir do reajuste.

O próprio governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que a prioridade será a melhoria do sistema de transporte.

Durante a campanha, o socialista havia prometido implantar a tarifa única nos ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR).

LEIA TAMBÉM: » Não há como fugir do reajuste das passagens de ônibus, diz novo secretário » Passagens de ônibus: Paulo Câmara diz que critério para decidir sobre aumento será a melhoria do sistema O grupo lembra que, em junho de 2013, em meio aos protestos nacionais, a mobilização conseguiu com que o ex-governador Eduardo Campos suspendesse o aumento que haveria naquele ano. “Desde aquele momento, o governo se comprometeu com a implementação do Passe Livre e da Tarifa Única na Região Metropolitana, bandeiras que defendemos há anos e foram também promessas de campanha de Paulo Câmara”, diz a nota divulgada pela Frente. “No entanto, o que o governador eleito pretende é mais um aumento nas passagens acima, inclusive, da inflação e do IPCA”, diz ainda o texto, segundo o qual “sobram irregularidades” no sistema de ônibus.

O grupo diz ainda que o governo articulou contra a criação de CPIs do transporte público na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e na Câmara do Recife. “Os corredores exclusivos para o transporte coletivo ficaram apenas nas peças de publicidade do Governo”, afirma a nota. “A população da região metropolitana do Recife está cansada de Terminais Integrados lotados, sem ônibus, que mais parecem currais integrais, pois trata o povo de forma deplorável assim como o gado”, critica ainda.