Foto: Paulo Veras/Blog Imagem Quatrocentas cadeiras foram colocadas em frente ao Palácio do Campo das Princesas nesta quinta-feira (1º), para o público que foi à cerimônia de posse do novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Porém, em dia de chuva e já sendo esperada solenidade rápida, muitos assentos permaneceram desocupados.

Nada semelhante a oito anos atrás, quando o padrinho político dele, Eduardo Campos (PSB), foi empossado com público de 3 mil pessoas.

Paulo Câmara tomou posse na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde fez pronunciamento cheio de gratidão a Eduardo.

Em seguida, passou a tropa em revista e foi caminhando até o Palácio do Campo das Princesas com a família e aliados.

LEIA MAIS Paulo Câmara repete discurso da Alepe na Praça da República Com discurso de gratidão a Campos, Paulo Câmara ressalta gestão de continuidade e visão estratégica do governo Na sede do governo, participou da solenidade de transmissão do cargo e discursou por apenas seis minutos e quarenta segundos, repetindo as palavras que falou na Alepe.

O novo governador ainda usou o que foi dito pelo padrinho, que Arraes dizia que o possível se faz e o impossível, o povo os ajudaria a fazer, além da frase usada na última entrevista do socialista: “Não vamos desistir do Brasil”.

Para a posse de Câmara, a programação era de discrição.

Ao contrário da cerimônia de Eduardo em 2007, quando 1,5 mil trabalhadores rurais desembarcaram no Recife para assistir a posse, não estavam previstas caravanas.

No segundo mandato, foi empossado pela manhã e logo viajou para Brasília, para participar da posse de Dilma Rousseff (PT), à época sua aliada.

Os motivos são vários, desde o menor peso político do atual governador até o respeito pela memória de Campos, morto há quase cinco meses em acidente aéreo durante a campanha presidencial.

Para Luzinete Franciano, que mora na Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, o público não compareceu ao evento de transmissão do cargo por causa da chuva. “Posse é um ato muito importante, histórico”, justifica ao dizer porque foi à Praça da República.

Lucy lembrou Eduardo.

Foto: Paulo Veras/BlogImagem Lucy Dias Pereira, que mora em Brasília Teimosa, na Zona Sul, também atribuiu à chuva a falta de muitas pessoas no evento. “A gente amava Eduardo.

E Paulo é a pessoa que está substituindo ele pra gente”, disse, ao ser questionada sobre a presença no ato.

Já Pedro Monteiro Correia, de Afogados, Zona Oeste, acredita que o fato de a posse ocorrer no dia 1º de janeiro, após o Réveillon, faz com que poucas pessoas se disponham a ir acompanhar o evento. “Estou aqui pelo prazer de ver ele assumir”, afirmou.

Ele se considera “arraesista”, mas disse que quase rompeu quando o PSB apoiou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições do ano passado.

Pedro Monteiro se considera “arraesista”.

Foto: Paulo Veras/BlogImagem Para Luzinete, Lucy e Pedro, Paulo Câmara deve dar continuidade ao trabalho que vem sendo desempenhado no Governo do Estado nos últimos oito anos. “Ele tem que continuar e fazer mais alguma coisa, né?

Ele não pode só copiar.

Tem que ter a personalidade dele”, diz a primeira.

Os três também elegeram a Saúde como a principal área que deve ser trabalhada pelo novo governador nos próximos quatro anos. “A gente vive uma situação calamitosa”, afirmou Pedro.

Paulo Câmara foi eleito com a votação mais expressiva do País, 68,08% e, durante a campanha, fez eventos com milhares de pessoas. [NE10] Transmissão de Cargo de João Lyra para Paulo Câmara