Obras da refinaria Abreu e Lima.

Foto: Heudes Regis/JC Imagem.

A Petrobras anunciou a suspensão de novos contratos com 23 empresas citadas nas denúncias de desvio de dinheiro da estatal na Operação Lava Jato; dentre as quais estão algumas das principais empreiteiras do País como a Andrade Gutierrez, a Camargo Corrêa, a Mendes Junior, a OAS, a Odebrecht e a Queiroz Galvão.

A decisão foi tomada pela Diretoria Executiva da Petrobras, que aprovou o bloqueio caltelar dessas empresas e ainda anunciou a criação de Comissões para Análise de Aplicação de Sanção (CAASE) para cada uma das companhias.

A decisão inclui ainda as empresas Alusa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Engenharia, GDK, IESA, Jaraguá Equipamentos, MPE, Promon, Setal, Skanska, TECHINT, Tomé Engenharia e UTC; algumas das quais atuaram na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “As referidas empresas serão temporariamente impedidas de serem contratadas e de participarem de licitações da Petrobras”, diz o comunicado divulgado pela estatal. “A adoção de medidas cautelares, em caráter preventivo, pela Petrobras tem por finalidade resguardar a Companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem”, justifica ainda a Petrobras, que prometeu respeitar o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A estatal alega ter chegado a lista das empresas a partir dos depoimentos de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef prestados à 13ª Vara Federal do Paraná.

A petrolífera teve acesso aos documentos no dia 03 de dezembro e indicam que todas as empresas listadas participaram do cartel.

Foram levados em consideração também os depoimentos de Julio Gerin de Almeida Camargo, do Grupo Toyo, e de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Setal, que também fizeram acordo com a Justiça, além da fase 7 da Operação Lava Jato, que prendeu diversos executivos e ex-executivos dessas empresas.