Três dos 13 ministros indicados pela presidente Dilma Rousseff (PT) são alvo de investigações, conforme mostra reportagem do jornal O Globo.
Estão na mira da Justiça a senadora Kátia Abreu (PDMB-TO), o líder do governo no Senado Eduardo Braga (PMDB-AM), e o ex-prefeito de Ananindeua (PA) Helder Barbalho (PMDB).
Kátia Abreu, que vai assumir em janeiro a pasta da Agricultura, responde desde outubro inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsificação de selo público.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidida pela senadora, é suspeita de emitir demonstrativos de débitos e contribuições sindicais em papel timbrado com o brasão da República, informa a reportagem.
No Supremo tramitam as investigações envolvendo parlamentares federais e outras autoridades.
Por isso, também corre na corte inquérito contra o senador Eduardo Braga, novo ministro de Minas e Energia.
Ele é suspeito de ter cometido crime eleitoral quando governava o Amazonas ao enviar 15 policiais militares, em dois aviões fretados a Parintins (AM), para fazer a segurança pessoal do candidato à prefeitura que apoiava.
Ainda segundo o Globo, o novo titular da Pesca, Helder Barbalho, responde a processo por improbidade administrativa na Justiça Federal do Pará.
Filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), o candidato derrotado ao governo do Pará em outubro é investigado por irregularidades na aplicação de recursos do Ministério da Saúde em Ananindeua entre janeiro de 2004 e junho de 2007, quando era prefeito do município.
A acusação alega que não ficou comprovado o gasto de R$ 2,7 milhões nas gestões de Helder e de seu antecessor, Clóvis Manoel de Melo Begot, que também é investigado.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff disse que recorreria ao Ministério Público para saber se havia alguma pendência judicial envolvendo os nomes que pretendia indicar para compor o primeiro escalão do seu novo governo. “Eu consultarei o MP mais uma vez.
Para qualquer pessoa que for indicar, eu consultarei”, declarou em café da manhã com jornalistas.
No caso da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República informou que não poderia repassar qualquer informação porque as investigações correm em segredo de justiça.