Foto: BlogImagem Instado a comentar a nomeação do ex-procurador Thiago Norões para a secretaria de Desenvolvimento Econômico mesmo depois de ele ter deixado o Governo do Estado após desentendimentos com o chefe do Executivo, o governador João Lyra Neto (PSB) nega que o episódio tenha causado incômodo, mas lavou as mãos quanto a escolha do sucessor Paulo Câmara.
Ainda que ele não tenha comparecido ao anúncio da equipe do futuro governador. “A saída dele foi por não atender às conveniências da minha gestão.
Resolveu pedir demissão.
Agora se o governador Paulo Câmara entende que pode desenvolver um trabalho importante na secretaria que ele colocou, só o tempo vai dizer se ele está correto ou não”, disse.
LEIA TAMBÉM: » Turma de João Lyra também não gostou do secretariado de Paulo Câmara “Olha, mas o que eu tenho muito cuidado, uma restrição, é com alguns tipos de políticos.
Ou bajulador, que só eu acerto e tudo está correto.
Ou chantagista, que só faz as coisas em troca de alguma vantagem.
Então o chantagista e o bajulador, eu tenho uma filtragem muito forte ao que eles me dizem.
Isso faz parte da relação humana.
Mas na política isso é muito evidenciado.
Essa relação de promiscuidade na política tem que mudar”, emendou o governador, ainda na mesma pergunta.
João Lyra diz não ter indicado nenhum nome para o secretariado de Paulo Câmara.
Afirma ainda que no dia 8 de dezembro, foi procurado pelo governador eleito, que, numa conversa de duas horas e meia no Palácio, lhe apresentou alguns nomes e pediu que ele os avaliasse.
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Ele disse claramente que o governador era ele e quem resolvia era ele.
Agora se isso vai agradar ou desagradar, só o tempo vai resolver isso”, diz o atual chefe do Palácio.