Foto: BlogImagem Uma reforma política que inclua o fim da reeleição e mandatos de cinco anos, uma reforma tributária e uma mudança na eficiência da máquina pública, se preciso, realizadas através de uma Constituinte.
Esses são os temas que o governador João Lyra Neto (PSB) fez questão de defender durante a entrevista de final de ano do Governo do Estado com o Blog de Jamildo e com o Jornal do Commercio. “Essa discussão tem que ser liderada pelo presidente da República junto com a sociedade, com todos os setores da sociedade, sejam eles classistas ou de produção, com o Poder Judiciário e o Congresso Nacional”, pregou o governador.
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Já estão falando agora em 2016 e estão falando em 2018.
Se tiver [eleições] cinco anos, em um ano só, são quatro anos dedicado à gestão”, justificou.
Ao falar sobre a necessidade de atualizar as leis no Brasil, o governador pernambucano lembra que, desde 1945, o País já teve três Constituições, que buscaram se adequar às demandas sociais de cada época. “Se necessário for, tem que fazer”, responde, ao ser questionado sobre a necessidade da convocação de uma nova Constituinte.
Sua proposta para aprovação de uma reforma, política, porém, prevê um debate nacional que parte do Palácio do Planalto, resulte em um projeto aprovado pelo Congresso Nacional e, depois, seja chancelada pela população através de um referendo. “Eu defendo que ela tenha um referendo popular.
Eu acho que nós não temos a cultura de fazer um plebiscito”, explica. “Aí você tem a sociedade discutida, o Congresso Nacional, que é o órgão que tem que ser direcionado a reforma, e o povo participa aprovando”, acredita.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – João Lyra defendeu também a necessidade de se fazer um planejamento estratégico para o Brasil, que integre o governo federal, os governos estaduais e as prefeituras.
Citou, como exemplo a criação do Ministério das Microempresas, criado pela presidente Dilma Rousseff (PT), que inspirou a criação de uma secretaria estadual. “Não pode ser um fato isolado.
Tinha que ser uma negociação com os estados”, pregou.
O governador, porém, fez questão de dizer que a declaração não era uma crítica à presidente Dilma Rousseff. “É uma crítica ao planejamento estratégico do Brasil.
Ela teve uma atitude extremamente positiva para o País criando a Microempresa.
Agora, a forma de fazer é que se inclui na mudança de gestão do Estado.
Essas ações têm que ser integradas”, afirmou Lyra.