A auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras, apontou que o valor pago pelo empreendimento foi superior ao que seria considerado justo em US$ 659,4 milhões.

O relatório foi concluído nessa terça-feira (16) e encaminhado à estatal para que o prejuízo seja ressarcido.

Além disso, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, determinou a instauração imediata de processos administrativos contra 22 pessoas, entre eles o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.

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Sobre os 50% iniciais, o relatório concluiu que a aquisição não considerou todas as premissas aplicáveis ao negócio, que, se fossem consideradas, reduziriam o valor máximo aceitável para a compra.

Ainda de acordo com a CGU, a argumentação usada para a aceitação de um valor superestimado foi fundamentada na potencial rentabilidade do empreendimento e não no valor dos ativos no estado em que se encontravam.