Foto: Diego Nigro/JC Imagem Por Carolina Oliveira Do Jornal do Commercio desta segunda-feira (15).
O núcleo duro do governador eleito, Paulo Câmara (PSB), não fugirá à sua maior marca: perfil mais técnico que propriamente político.
O mistério que cercou nas última semanas a lista completa do novo secretariado se encerra hoje, às 15h, com a coletiva de imprensa no Recife Praia Hotel.
Nas funçõeschaves, os nomes já são velhos conhecidos: Antônio Figueira (Casa Civil), Danilo Cabral (Planejamento), Márcio Stefanni (Fazenda), Fred Amâncio (provavelmente para Educação), Thiago Norões e Renato Thibaut.
A surpresa fica para o escolhido para a pasta de Administração: Rodrigo Amaro.
Graduado em 2007 em Administração, o jovem técnico é, atualmente, presidente da Perpart.
LEIA TAMBÉM: » Aécio Neves intervém para garantir participação do PSDB no governo Paulo Câmara » Paulo Câmara confirma jornalista Ennio Benning como secretário de Comunicação Desse grupo seleto, que goza da confiança e do poder sobre a máquina, ainda faz parte Raul Henry (PMDB), o vice-governador eleito.
Ele deixou de ficar com o comando da Secretaria de Educação, como era esperado, para assumir uma função chave no governo.
A ele caberá funções de monitoramento e articulação, de livre trânsito pelas secretarias.
De acordo com uma fonte ligada a Paulo, além de Danilo Cabral, mais três deputados federais eleitos farão parte do novo governo: Felipe Carreras (Turismo), André de Paula (Cidades) e Sebastião Oliveira (Transportes).
Com essa tacada, Paulo consegue contemplar quatro partidos da sua base de sustentação.
Os suplentes que subiriam à Câmara Federal: Augusto Coutinho (SD), Fernando Monteiro (PP), Cadoca (PCdoB) e Raul Jungmann (PPS), este último teria que renunciar ao mandato de vereador do Recife No esforço para “mimar” os 21 partidos da aliança que o elegeu, o jogo de xadrez ainda atingiria a Assembleia Legislativa.
Existe a possibilidade de Paulo chamar ou alguém do PSDB e outro nome de sua confiança, como os deputados Waldemar Borges (PSB) ou Aluísio Lessa (PSB).
Assim, o decano Maviael Cavalcanti (DEM), o 3º suplente, voltaria à Casa Joaquim Nabuco.
Para estruturar a sua equipe, Paulo Câmara conversou com cada líder partidário.
Como fieis conselheiros, ouviu muito o que Raul Henry e o prefeito Geraldo Julio (PSB) tinha a dizer.
Na escolha, alguns fatores foram determinantes.
Por exemplo, a escolha de André de Paula pode ser estratégica para o novo governador, se o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) assumir o ministério das Cidades na nova equipe da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os dois são do mesmo partido e, com o PSB na oposição, essa “feliz” coincidência facilitaria os trabalhos.