Foto: divulgação O anúncio do secretariado do governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), contribuiu com o seu aliado Geraldo Julio (PSB), prefeito do Recife.

Com a saída de quatro deputados federais para ocupar pastas no Estado, o líder da oposição na Câmara Municipal, Raul Jungmann (PPS), deverá parar de “pegar no pé” da gestão na cidade para fazer isso com a presidente Dilma Rousseff (PT), em campo contrário ao socialista. “Eu diria que vou dar um trabalhão.

O Congresso Nacional é, digamos, a minha praia”, adiantou Jungmann.

OPINIÃO » Cozinha de Eduardo Campos e alinhamento com governo Dilma marcam secretariado de Paulo Câmara O parlamentar afirmou que o seu retorno à Câmara Federal foi um pedido da Executiva Nacional do partido ao PSB. “Numa conversa que Roberto Freire (presidente nacional do PPS) teve (com Paulo Câmara) em Brasília colocou como um pleito”, afirmou.

O desejo de Jungmann é voltar à Casa, onde já esteve em dois mandatos, porém afirmou que aguardará uma reunião com o Partido Popular Socialista na próxima segunda-feira (22), em que o assunto será discutido.

Se assumir o mandato como deputado federal, Raul Jungmann afirmou que terá como foco o mais recente escândalo da Petrobras, investigado na Operação Lava Jato. “Vou lutar para que se crie outra CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que não seja chapa branca.

Sem isso, a política fica extremamente vulnerável”, disse.

LEIA MAIS » O perfil do secretariado de Paulo Câmara » Augusto Coutinho, Fernando Monteiro, Cadoca e Raul Jungmann voltam ao Congresso com saída de deputados » Em anúncio do secretariado, Paulo Câmara cita Eduardo e fala em dificuldades » “Eu escolhi essa equipe”, diz Paulo Câmara em recado para FBC Raul Jungmann prevê uma situação inédita no Congresso quando os nomes dos parlamentares envolvidos no esquema de propina na estatal forem divulgados. “Vai cortar a cabeça do Congresso, gerando uma crise sem precedentes num momento em que a presidente Dilma tem menos governabilidade.

A minha preocupação central vai ser a questão democrática”, apontou.

O líder na oposição no Recife, que tenta instituir na Casa José Mariano a CPI do Busão, para investigar despesas e receitas das empresas que operam o transporte coletivo na cidade, afirmou que irá nacionalizar o pleito.

Além disso, buscará ingressar na Comissão das Cidades na Câmara, para continuar discutindo o assunto.

O vereador deverá deixar Vera Lopes (PPS), que já teve mandato na Câmara Municipal, no seu lugar.

No entanto, afirmou que ainda não conversou com ela sobre a situação na Casa. “Fui muito enriquecido com essa passagem pela Câmara de Vereadores.

Levo experiência que não tinha, do local, da cidade.

Tinha votos na cidade, mas não tinha raízes”, disse Jungmann.