Foto: reprodução do Facebook Presidente nacional do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves entrou em campo, na noite desse domingo (14), para garantir a participação dos tucanos no secretariado do governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), depois que a Direção estadual do PSDB, comandada pelo deputado federal Bruno Araújo, decidiu por unanimidade que não teria nenhum cargo no governo do PSB que toma posse em janeiro.

Paulo Câmara anuncia o seu secretariado na tarde desta segunda-feira (15).

Atualmente, o PSDB possui as Secretarias das Cidades, com Evandro Avelar, e de Trabalho, com Murilo Guerra.

De acordo com uma fonte tucana, foi o PSB quem teria procurado Aécio e os tucanos nacionais para garantir a presença do PSDB no futuro secretariado de Paulo Câmara por entender que era importante manter os tucanos no Palácio do Campo das Princesas.

Aécio, então, teria se movimentado por acreditar que é estratégico manter a aliança com o PSB nos estados em que os dois partidos marcharam juntos nas eleições de 2014.

LEIA TAMBÉM: » Secretariado de Paulo Câmara tem perfil mais técnico que político » Paulo Câmara confirma jornalista Ennio Benning como secretário de Comunicação Até as 23h da noite desse domingo, prevalecia a decisão do PSDB de não aceitar a secretária de Trabalho, Qualificação e Emprego, oferecida por Paulo Câmara.

Na manhã desta segunda, porém, Bruno Araújo ficou de retomar o diálogo com lideranças do PSDB para definir os rumos do partido tendo em vista a articulação nacional. “Não há nenhuma animosidade em relação ao governo Paulo Câmara ou ao PSB”, disse uma fonte ouvida pelo Blog de Jamildo. “Pelo contrário, se deixaria o PSB livre para compor da forma que quisesse e nós estaríamos apoiando sem necessidade de qualquer contrapartida”, garantiu.

Outro tucano ouvido pelo Blog também assegura que, mesmo que não integre nenhum cargo, o PSDB seguiria na base aliada de Câmara na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “A aliança permaneceria intacta.

Não seria necessário participação em cargos”, afirma.

Principal partido de oposição ao PSB no Legislativo, o PSDB aderiu à base aliada para buscar o entendimento nacional com a candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em agosto em plena campanha.

No segundo turno, o PSB e a família de Campos apoiou Aécio Neves no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT).