Teresa Leitão explica processo de expulsão dos membros infiéis PT.
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem.
Indiferença.
Esta é a postura adotada pela presidência estadual do PT frente às manobras organizadas por um grupo dissidente do partido com o objetivo de obter novas desfiliações na sigla.
Em entrevista ao Blog neste domingo (14), após reunião com o diretório estadual da legenda, a presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, enfatizou que “não vai dar atenção” a pessoas que deixaram o partido.
Na última semana, membros que abandonaram a sigla começaram a construir um movimento em busca de novos desligamentos.
Os antigos integrantes da corrente PTLM (PT de Lutas e Massa) deixaram o partido uma semana antes das eleições estaduais, quando declararam apoio a Paulo Câmara (PSB).
Agora, o grupo organiza plenárias pelo Estado para conseguir novos adeptos ao posicionamento.
Gilson Guimarães, ex-integrante da Executiva Estadual do PT, que chegou a coordenar a campanha da presidente Dilma no Estado, encabeça o movimento. “A gente não vai dar resposta.
Gilson [Guimarães] traiu o partido e saiu do PT, não daremos atenção”, afirmou Teresa Leitão, demonstrando desinteresse com a postura do ex-correligionário.
Na concepção da cúpula partidária, a iniciativa de criticar o partido apenas fortalece o PSB, no âmbito estadual, e o PSDB, no nacional.
CRÍTICAS NACIONAIS - Na esfera nacional, a forma como o PT vem atuado nos últimos anos também recebe críticas do vice-presidente nacional do partido, o deputado José Guimarães.
O petista pediu uma reformulação na legenda durante seminário da chapa Para Mudar o Brasil, integrada pelas correntes petistas Construindo um Novo Brasil (CNB), PT de Luta e de Massas (PTLM) e Novos Rumos. “A estrutura do PT está velha para os dias atuais.
Há quanto tempos nós somos uma grande máquina para ganhar eleições?
Nós somos uma grande máquina eleitoral e somos uma grande máquina institucional.
Ninguém ganha de nós.
Nós precisamos ser uma grande máquina nas formulações estratégicas para o país e na formação e politização da sociedade”, disse José Guimarães.