O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa está entre os 35 denunciados.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Com informações do Congresso em Foco Trinta e cinco pessoas, 22 duas delas vinculadas a empreiteiras como Camargo Corrêa e OAS, estarão em cinco denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (MPF), confirmadas pelo órgão em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11), em Curitiba.
A acusação, um desdobramento da Operação Lava Jato, será pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a investigação feita pelo MPF até agora, R$ 286.421.928,74 foram pagos em propina para envolvidos no esquema na Petrobras.
No total, o Ministério Público vai buscar em outro momento o ressarcimento de R$ 971.551.352,28 de contratos que foram alvo de investigação entre 2004 e 2012 em ações de improbidade.
De acordo com a apuração, as empreiteiras, unidas em um “clube”, pagavam entre 1% e 5% do preço dos contratos para conseguir vencer as licitações.
Após ser lavado por operadores do esquema de corrupção, o dinheiro era entregue para diretores da estatal.
O MPF apontou que o grupo formado pelas empreiteiras combinava os preços que cada uma ofereceria à Petrobras.
Três núcleos foram descobertos durante a investigação: os de operadores, formados por doleiros como Alberto Youssef e Carlos Habib Charter; o de empresários, que se juntavam para combinar os preços e fraudar contratos; e dos agentes públicos, como diretores da estatal.
Os doleiros atuavam lavando o dinheiro e, através de transferências internacionais ou compra de bens, a propina chegava aos agentes públicos.