JC Imagem Por Paulo Veras, repórter do Blog de Jamildo Ainda disputando com o PSB a presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o atual comandante do Legislativo estadual, o deputado Guilherme Uchoa (PDT), pode ter o apoio do oposicionista PTB para se reeleger para o quinto mandato na Casa.
Se o parlamentar conseguir viabilizar uma chapa única de consenso para a presidência da Casa, o PTB ficaria com a vaga de vice-presidente da Mesa.
A silanização de um possível apoio do PTB teria ocorrido na semana passada, mas Uchoa ainda aguarda uma conversa com o senador Armando Monteiro Neto (PTB), recém nomeado pela presidente Dilma Rousseff (PT) como ser ministro do Desenvolvimento, para fechar o acordo.
A possibilidade de o ex-presidente da Casa Romário Dias (PTB) disputar a chefia do Legislativo com Uchoa é vista como baixa na Alepe, porque sozinho o PTB teria poucas chances de vencer a disputa.
O apoio ao atual presidente, por outro lado, seria uma derrota para as pretenções do PSB.
Uchoa preside a Alepe desde 2007 e enfreta resistência do PSB que, por ter a maior bancada da Casa, com 15 deputados estaduais, acredita ter prioridade para ficar com o comando da Mesa.
A renovação com a saída de Uchoa também favorecia o discurso da “nova política”, adotado pelo PSB em 2014.
Por enquanto, Uchoa tem assegurado o apoio do próprio PDT, do PTC e do PMDB, partidos menores na Casa, que somam seis votos.
Com o apoio do PTB, o atual presidente garantiria oficialmente o voto de 12 dos 49 futuros deputados.
A principal vantagem de Uchoa, porém, é que ele trabalha como um importante defensor da Casa e atua para agradar os colegas.
Na última eleição, ele cedeu bases eleitorais para ajudar nas campanhas de André Campos, Laura Gomes e Léo Dias; a pedido do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto, que apoiou seus quatro mandatos no Poder.
A eleição na Alepe vai depender muito da decisão que o governador eleito Paulo Câmara (PSB) vai tomar sobre o Legislativo, se vai decidir lançar candidato ou não.
Enfrentar Uchoa, porém, poderia render ao futuro governador uma derrota política já no início do mandato. À interlocutores, Guilherme Uchoa tem dito que não quer ocupar o quinto mandato de presidente por vaidade, mas para concluir as ações que ele começou no Legislativo.
Em janeiro, devem ser entregues os novos gabinetes e começar a convocação dos concursados.
Em julho, fica pronto o novo Plenário.