Foto: Williams Aguiar/Alepe Por Ayrton Maciel Do Jornal do Commercio desta quarta-feira (10).
Chance zero de uma surpresa.
No quarto mandato na mesa diretora da Casa, o atual presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), fortalece gradualmente seu nome e caminha para consolidar a quarta reeleição à presidência.
A avaliação é de parlamentares da bancada governista, próximos ao PSB, ao Palácio do Campos das Princesas e ao círculo de auxiliares do futuro governador Paulo Câmara (PSB).
Primeiro mandato e no início da gestão, Paulo não estaria disposto – adianta um socialista, sob reserva – em mexer numa Casa considerada “pacificada” e que vê em Uchoa aquele que “dá a cara a bater” peloPoder Legislativo.
Para evitar um confronto na Casa, com o risco de divisão dos governistas (36 deputados), o que pode levar a uma derrota do Executivo – se Paulo escolher outro nome e Uchoa decidir sair como candidato avulso –, está em andamento a montagem de uma chapa de consenso, que considera a proporcionalidade das bancadas.
A proposta assegura cinco cargos na mesa aos governistas e dois à oposi- ção. “Paulo vai deixar que a Casa decida.
Ele não vai querer começar com a Casa conturbada”, explica o socialista, que aind argumenta o lado corporativo da Casa: “Uchoa dá a cara a bater ao TJPE, ao MPPE, à OAB”.
Pelo esboço em construção, Uchoa seria reconduzido ao quinto mandato, enquanto a 1ª secretaria da Alepe – cargo nivelado à presidência, por responder pela tesouraria – fica com o atual líder do governo, Waldemar Borges – nome citado para a presidência –, representando o PSB, a maior bancada eleita (15 deputados). “Se Paulo Câmara lançar candidato e Uchoa sair avulso, fica imprevisível.
Uchoa pode levar, e para os demais cargos desmonta tudo.
Por isso, Uchoa cresce.
Com ele, a Casa começa o ano pacificada.
Há candidato que tem dificuldade de agregar.
Uchoa defende a Casa, atende as demandas”, revela outro governista.
A chapa, ainda pelo critério da proporcionalidade, tem na 1ª vice-presidência o oposicionista Sílvio Costa Filho, do PTB, segunda maior bancada (seis deputados).
A 2ª vice-presidência fica com Ângelo Ferreira – que já foi citado à presidência – ou com o também socialista Diogo Moraes.
Ambos pleiteiam.
A 2ª secretaria está sendo proposta ao PR, ficando entre Henrique Queiroz e Alberto Feitosa (Rogério Leão é novato).
Para a 3ª secretaria, a negociação prevê o cargo para a bancada dos pequenos partidos governistas com um deputado cada (SD, PHS, PTC, PSL).
Eriberto Medeiros, do PTC, hoje o 4º secretário, quer continuar na mesa.
A 4ª secretaria é colocada para a oposição, devendo ficar com o PT, que tem três deputados.