Obras da refinaria Abreu e Lima.

Foto: Heudes Regis/JC Imagem.

A Petrobras começou a produzir derivados de petróleo na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), unidade construída em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e que é alvo da Operação Lava Jato, que investiga o desvio de dinheiros na estatal.

O processamento da primeira carga de petróleo na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da refinaria gerou gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e resíduo atmosférico (RAT) - insumo para a unidade de coqueamento retardado.

Os produtos foram armazenados em tanques e esferas na própria Rnest.

Também foi produzido gás combustível, que será utilizado na própria Refinaria Abreu e Lima.

O principal objetivo da unidade é gerar 26 mil metros cúbicos óleo diesel, para completar a oferta do produto no mercado brasileiro.

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A Rnest entrou em pré-operação no final de novembro e só na semana passada recebeu da Agência Nacional do Petróleo (ANP) a autorização para operar o seu primeiro trem.

Ela deve operar com toda a capacidade já em maio de 2015.

Anunciada em 2005, a Refinaria Abreu e Lima estava orçada em US$ 2,5 bilhões, mas a previsão atual é que os gastos girem em torno de US$ 20 bilhões.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, a construção da Rnest poderia ter sido usada para desviar dinheiro da Petrobras através do esquema conhecido como “petrolão”.

O ex-gerente de Implementação e Empreendimentos da unidade chegou a ser convidado para depor na CPI Mista da Petrobras no Congresso, mas não compareceu.

Nas últimas semanas, a Refinaria Abreu e Lima também vem enfrentando polêmicas pelo atraso no pagamento de salários e benefícios trabalhistas de terceirizados que atuaram na construção da unidade.

Contas da Petrobras chegaram a ser bloqueadas pela Justiça do Trabalho em Pernambuco.