Foto: Edmar Melo/JC Imagem A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai visitar, nesta terça-feira (9), às 9h, o alojamento dos trabalhadores da empresa Alusa, terceirizada que atuou na construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), da Petrobras, para conhecer a realidade dos profissionais que estão sem receber salário desde setembro.
Reportagem do Jornal do Commercio da última sexta-feira (5) mostrou que os trabalhadores dependem de caridade para comer e não têm água mineral. “Vamos fazer a visita para constatar a situação e fazer uma pressão na Petrobras e nos empresários para que eles solucionem definitivamente essa situação deplorável que os trabalhadores estão vivendo nos últimos meses em função desse tamanho descaso”, afirma o deputado estadual Betinho Gomes, que preside a Comissão.
LEIA TAMBÉM: » Refinaria Abreu e Lima começa a produzir derivados de petróleo » Trabalhadores da Alusa estão passando necessidade » Petrobras tem bens desbloqueados e fica desobrigada a pagar dívidas trabalhistas De acordo com a Alusa, a Petrobras teria deixado de repassar dinheiro, o que impediria o pagamento dos trabalhadores.
Por duas vezes, a Justiça do Trabalho em Pernambuco chegou a bloquear valores em contas da Petrobras para tentar solucionar o impasse.
Os deputados vão ao alojamento, que fica em Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, nesta terça, às 8h.
Os deputados estarão acompanhados de representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE).
A Refinaria Abreu e Lima começou a produzir derivados de petróleo nesse final de semana e tem capacidade para processar até 260 mil barris de petróleo por dia quando tiver em plena operação, em maio de 2015.
A Rnest é um dos focos da investigação de desvio de dinheiro da Petrobras pela Operação Lava Jato e pela CPI Mista da Petrobras.
A construção da refinaria foi anunciada em 2005, em parceria com a petrolífera PDVSA, da Venezuela, que acabou saindo do negócio.
Ela era orçada em US$ 2,5 bilhões, mas a perspectiva atual é que o custo gire em torno de US$ 20 bilhões.