Foto: Reprodução/Internet O juiz federal Sérgio Moro, responsável por conduzir as investigações da operação Lava Jato, disse que o esquema de fraude em licitações “vai muito além da Petrobras”.

Moro afirmou ainda que há indícios de outros crimes fora da estatal e considerou como “perturbadora” a existência de uma tabela apreendida em posse de Alberto Youssef.

Na tabela a qual se referia o juiz, encontrada com o doleiro Alberto Youssef, constava uma lista de 750 obras públicas de infraestrutura.

As declarações do juiz foram dadas através de comentários para justificar a rejeição do pedido de revogação da prisão preventiva de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empresa Engevix.

Sérgio Moro acredita também que parte do esquema criminoso ainda está encoberto e que, por esse motivo, “a prisão preventiva se impõe a bem da ordem pública”, além de prevenir que “crimes graves” contra a administração pública continuem a ser praticados.

Um dos indícios apresentados contra a Engevix é o depósito de R$ 3,3 milhões para uma das empresas de fachada de Alberto Youssef, a MO Consultoria, durante as obras da Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco.

A Engevix confirma o pagamento, no entanto argumenta que ele foi feito pelos “serviços de tarefas técnicas em benefício da empresa”.