Pelo quarto mês seguido, a inflação em 12 meses ultrapassou o limite máximo da meta estabelecida pelo governo, de até 6,56%.

Em novembro, a alta dos preços acelerou para 0,51%.

Em outubro, a alta dos preços em 12 meses havia sido de 6,59%, em setembro o número chegou a 6,75% e em agosto marcou 6,51%.

Isso significa que, pelo quarto mês consecutivo, a inflação extrapola a meta imposta pelo governo: 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, oscilando entre 2,5% e 6,5%.

A alta acumulada dos preços está em 5,58%, levando em consideração o período entre os meses de janeiro a novembro de 2014.

No mesmo período do ano passado, esse número era de 4,95%.

De acordo com economista consultados pela Reuters, os elevados gastos públicos justificam essa alta.

Se fechar 2014 com a inflação acima da meta, o presidente do Banco Central (BC) deve escrever uma carta aberta para explicar os motivos de isto acontecer.

Encabeçada por Joaquim Levy (novo ministro da Fazenda), a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) já anunciou que adotará uma política de apertos fiscais.

Desta forma, o BC passou a tomar medidas mais tradicionais, como subir de 11,25% para 11,75% a taxa básica de juros (Selic), por exemplo.