Membros do Partido Popular Socialista (PPS) que exercem mandatos em Pernambuco e que não apoiaram ou votaram em candidatos da sigla nas eleições de 2014 começaram a receber notificações do Conselho de Ética.

Os infiéis devem apresentar defesa no prazo de 15 dias corridos depois do recebimento das notificações.

Um documento foi enviando a 20 membros do partido (18 vereadores e 2 vice-prefeitos), informando que serão aplicadas as “sanções cabíveis” à infidelidade partidária.

Tais punições variam de advertências à desfiliação do partido.

Esta última ação será aplicada apenas “àqueles que não apresentarem razões ou provas inequívocas no sentido de descaracterizar a conduta infiel”.

O Conselho de Ética do PPS-PE se reuniu no final de novembro para analisar provas apresentadas pela Executiva Estadual do partido.

A ação foi tomada depois da constatação da baixa votação recebida pela legenda na disputa eleitoral de 2014, mesmo em municípios onde os vereadores e vice-prefeitos notificados atuam.

Os conselheiros devem abrir ‘processo disciplinar’, sob a alegação de “flagrante indício de descumprimento à orientação partidária”.

Presidente do diretório pernambucano do PPS, Débora Albuquerque afirma que, apesar de a maioria haver se pronunciado em favor da desfiliação, a imparcialidade no processo será garantida, com a autonomia dos conselheiros e visando a aplicação da decisão mais justa.

O vereador do Recife Raul Julgman, membro da executiva, disse que, devem ser punidos aqueles que não ajudaram o PPS na hora em que mais foi preciso: “Nós, da Executiva Estadual, indicamos que todos devem ser punidos.

A final de contas, quem não esteve conosco quando mais precisamos não deve fazer parte do PPS.

Mas vamos aguardar a entrega das defesas e também o parecer final do Conselho”, pontuou.