Obras da refinaria Abreu e Lima.

Foto: Heudes Regis/JC Imagem.

Do JC Online A Petrobras já debitou na conta da Justiça os R$ 126,6 milhões bloqueados pela 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, em Pernambuco.

O dinheiro foi retido para pagar aos 4.600 funcionários da Alusa e outros consórcios na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape.

Na última terça-feira (25), a juíza Josimar Mendes da Silva Oliveira determinou o bloqueio.

Desde o último dia 6 os consórcios deixaram de prestar serviços à refinaria, alegando falta de pagamento dos contratos pela estatal.

As empreiteiras dizem que têm um crédito de R$ 1,2 bilhão a receber da petrolífera e que, por esse motivo, não teriam recursos para quitar os débitos com os funcionários.

As empresas devem salários atrasados, pagamento de rescisões e participação nos lucros e resultados (PLR), além do não recolhimento dos valores do FGTS, INSS, vale-alimentação e assistência médica e hospitalar. À meia-noite da última segunda-feira se encerrou o prazo da Petrobras para entregar à Justiça documentos comprovando que está em dia com os contratos.

Sem apresentar as faturas quitadas, a Justiça decidiu bloquear as contas da estatal, por meio do BacenJud (sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituição bancárias).

No despacho, a juíza calcula que a dívida trabalhista chega a R$ 137,5 milhões.

Desse total, a Petrobras depositou em Juízo apenas R$ 10,8 milhões (cerca de 7% do valor).

A petrolífera poderá recorrer da decisão.

O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav), acredita que o dinheiro poderá entrar na conta da Justiça até a próxima sexta-feira.