Foto: Gerlado Magela/Agência Senado O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini (PT), vai reunir os líderes de partidos aliados no Senado, nesta segunda-feira (24).

Deve entrar na pauta a estratégia para blindar o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT); acusado de pedir R$ 1 milhão ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, fruto dos desvios na Petrobras.

O encontro com os líderes da bancada ocorre às 18h, no 4º andar do Palácio do Planalto.

Em nota divulgada na madruga desse domingo (23), o senador negou as acusações e colocou à disposição da Justiça a abertura de seus sigilos fiscal, telefônico e bancário.

A denúncia de que Paulo Roberto Costa teria denunciado o pagamento do dinheiro para o senador do PT, foi noticiada pelo jornal O Estado de S.

Paulo.

LEIA TAMBÉM: » Em depoimento, Paulo Roberto Costa diz que Humberto recebeu R$ 1 milhão em esquema de fraude » Humberto oferece abertura dos sigilos bancário, fiscal e telefônico para provar que não recebeu R$ 1 milhão de desvios na Petrobras » Em nota, empresário acusado de pedir dinheiro para Humberto se defende “Sou defensor da apuração de todas as denúncias que envolvam a Petrobras ou qualquer outro órgão do Governo.

Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas.

O fato de o sr.

Paulo Roberto estar incluído em um processo de delação premiada não dá a todas as suas denúncias o condão de expressar a realidade dos fatos”, afirmou Humberto, por meio de nota.

Ele integra a CPI da Petrobras no Senado e a CPI Mista da Petrobras, que reúne deputados e senadores.

Segundo a reportagem do Estadão, Paulo Roberto Costa disse que teria sido procurado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra), que também se negou as acusações por meio de nota e disse que assim que o processo se tornar público, tomará as medidas cabíveis.

Ex-ministro da Saúde no primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT), Humberto também já foi citado durante a Operação Vampiro, que investigava a compra de hemoderivados, e no Escândalo das Sanguessugas, que teria desviado dinheiro para a compra de ambulâncias.

O senador foi inocentado em ambos os casos.

As denúncias foram usadas na campanha de 2006, em que Humberto perdeu a disputa pelo Governo de Pernambuco.

Em 2010, ele foi eleito senador na chapa do ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em agosto em plena campanha presidencial.

Há dois anos, Humberto concorreu a prefeito do Recife, mas ficou apenas em terceiro lugar na disputa.