Lava Jato: A operação da Polícia Federal investiga um esquema de desvio de verbas da Petrobras Foto: Reprodução/Internet Presidente da divisão industrial da Galvão Engenharia, Erton Fonseca declarou em depoimento à Polícia Federal, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, que um suposto representante da diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobras recebeu R$ 5 milhões em propina, pagos por ele mesmo.

As informações foram publicadas na edição desta segunda-feira (24) do jornal Folha de S.

Paulo.

Fonseca é um dos presos da operação Lava Jato, que investiga o esquema de desvio de verbas da estatal petrolífera.

Em seu depoimento, o empresário afirmou que o pagamento da propina teria sido feito a Shinko Nakandakari, emissário de Renato Duque, diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras entre 2003 e 2012, indicado pelo PT.

A Folha afirma ainda que a empreiteira tem provas do pagamento, que devem ser apresentadas à Justiça nos próximos dias.

Erton Fonseca informou à PF que Shinko atuava com Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e braço direito de Renato Duque.

Barusco também fez uma delação premiada e se comprometeu em devolver cerca de R$ 97 milhões do dinheiro desviado da Petrobras à União.

Ainda de acordo com Fonseca, Shinko Nakandakari tinha, em relação aos contratos da diretoria de Serviços, um papel semelhante ao de Alberto Youssef na diretoria de abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, também detido pela PF durante a operação.