Senador Humberto Costa em discurso no plenário.
Foto: Agência Senado.
No primeiro pronunciamento no Senado após a denúncia do ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, o senador Humberto Costa (PT) colocou à disposição do Superior Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos bancário e telefônico.
Em discurso à tribuna, o petista voltou a negar nesta segunda-feira (24) que tenha recebido R$ 1 milhão do esquema de fraudes envolvendo a estatal que é investigado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
A proposta, segundo Humberto, é mostrar que não houve enriquecimento ilícito e que não teve nenhuma relação de proximidade com o delator do esquema e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. “Não tenho nada a temer.
Sempre atuei de forma correta e estou abrindo mão desses sigilos porque não tenho nada a esconder”, afirmou Costa.
O líder do PT colocou em dúvida a veracidade do depoimento do ex-diretor. “Não sei nem se esse depoimento existiu”, disparou.
Segundo reportagem do “Estado de S.
Paulo”, a acusação contra o líder do PT foi feita em depoimento sigiloso que integra a delação premiada assinada pelo ex-diretor, por meio da qual ele espera ter sua pena reduzida.
Paulo Roberto teria dito que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP.
Segundo o jornal, o ex-diretor não soube informar como ocorreu o repasse, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento.
Costa reiterou que teve contato institucional com Paulo Roberto e o conheceu em 2004, quando estava no comando do Ministério da Saúde. “A versão é fantasiosa.
Esse recurso foi determinação do PP para que fosse dado a mim.
Não consigo entender o motivo de um partido dar apoio financeiro a alguém de outro partido.
Só vejo partido chorando dizendo que não tem recurso para fazer campanha”