Plataforma P-62, da Petrobras, que teria sido lançada ao mar sem estar totalmente concluída.

Foto: Agência Petrobras A reunião que a CPI da Petrobras no Senado iria realizar na próxima quarta-feira (26) foi cancelada na manhã desta sexta-feira (21).

A Comissão, criada para investigar os casos de corrupção na estatal não se reúne desde o dia 16 de julho e o trabalho não avança por falta de quórum.

Governo e oposição tem priorizado a CPI Mista da Petrobras, que tem o mesmo foco, mas reúne tanto senadores, como deputados.

O encontro da próxima semana, ouviria o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), José Maria Rangel, e o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes.

A dupla, porém, afirmou que não poderiam ir a Brasília na data proposta. “Lamentavelmente, a CPI do Sendo não anda com os mesmos passos da CPI Mista por conta do quórum ser esvaziado pela ausência da oposição.

A reunião administrativa exige quórum mínimo para votação de requerimentos.

Nas oitivas não há essa necessidade”, explica o presidente da CPI, o senador Vital do Rêgo (PMDB).

Os depoimentos falariam sobre os problemas de segurança enfrentados pelos trabalhadores da companhia e sobre as denúncias de lançamento ao mar de plataformas ainda inacabadas pela Petrobras.

O Sindipetro denuncia, por exemplo, o lançamento da plataforma P-62, que teria ocorrido antes de ela estar totalmente concluída e de ter todos os equipamentos de segurança necessários.

A plataforma da Petrobras atua na Bacia de Campos.

A P-62 é um navio que é capaz de produzir, armazenar e transportar petróleo e está a 125 quilômetros da costa brasileira.

Em maio, a unidade da Petrobras chegou a ser interditada por uma semana pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A CPI da Petrobras no Senado funciona até o dia 22 de dezembro.