Foto: Nelson Jr/STF A presidente Dilma Rousseff (PT) e o seu antecessor no Palácio do Planalto, Lula (PT), lamentaram, nesta quinta-feira (20), a morte de Márcio Thomaz Bastos.
Ambos afirmaram ter perdido um “grande amigo”.
Ex-ministro da Justiça no governo do petista, o advogado criminalista tinha 79 anos e lutava contra problemas pulmonares. “Como ministro da Justiça, foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento”, afirmou a atual presidente. // Post by Dilma Rousseff.
Para Lula, Thomaz Bastos “foi um homem raro e que muito contribuiu para mudar a história do país”. // Post by Lula.
Dilma e Lula estão confirmados para o velório, realizado esta tarde na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O corpo de Bastos será cremado nesta sexta-feira (21), em Itapecerica da Serra.
LEIA TAMBÉM » Ministros de Dilma lamentam a morte de Márcio Thomaz Bastos » Morre Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula O criminalista foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) e do Conselho Federal da Ordem nos anos 80.
Entre os casos polêmicos em que atuou como advogado está o julgamento do Mensalão, defendendo o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, réu condenado a 14 anos e 4 meses por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.
Além disso, foi responsável pela defesa do médico Roger Abdelmassih, que foi condenado a 278 anos de prisão por ataques sexuais a 37 vítimas.
No papel de acusação, foi contra os assassinos do ativista ambiental Chico Mendes e do jornalista Pimenta Neves.
O ex-ministro ajudou ainda na redação da petição que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, e foi vereador em Cruzeiro, sua cidade natal, pelo PSP (Partido Social Progressista) entre 1964 a 1969.